
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o envio de inquérito no qual são investigados a ex-senadora, presidente do PT e atual deputada, Gleisi Hoffmann (PR), e seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, para a 13ª Vara Federal de Curitiba. Em 2018, VEJA teve acesso ao relatório final do inquérito (leia a matéria completa).
O pedido foi direcionado ao ministro Edson Fachin, para que o processo seja enviado a Luiz Antonio Bonat, juiz titular da vaga que era de Sergio Moro. A denúncia por organização criminosa foi apresentada em 2017 e tramita no Supremo.
Apesar de ter foro privilegiado como deputada federal, Gleisi foi acusada por fatos ocorridos no período em que era senadora e, por isso, segundo a PGR, o caso não deve mais ficar no STF.
No ano passado, a corte restringiu o foro para casos ocorridos durante o mandato e por fatos ligados ao cargo —o que também retira do Supremo casos de mandatos cruzados, como o de Gleisi.
A denúncia contra ela no STF inclui Paulo Bernardo por causa da estreita ligação entre ambas as condutas no caso.